CORES INTERNAS
- Fábrica da Dança 1
- 25 de mai. de 2022
- 1 min de leitura
Atualizado: 28 de jul. de 2023
Após 2 anos de pandemia, está chegando a hora de voltarmos aos palcos.
A Fábrica da Dança apresenta o espetáculo Cores Internas - Uma viagem pelas nuances do ser humano!
A criação é da nossa bailarina e coreógrafa Silmara Stedile e vem cheia de significados, principalmente sobre o que esses últimos anos nos ensinou e nos fez refletir.

Nos últimos anos nos vimos em um cenário cheio de incertezas, sozinhos, isolados e vivenciando algo, até então, totalmente desconhecido. Foi um período desafiador onde precisamos aprender a lidar com os nossos próprios sentimentos, nossos medos, angústias e nossas crenças. Mas esse período também nos "obrigou" a olhar para nós mesmos de uma forma mais cuidadosa e gentil.
Entendemos que o autoconhecimento e o autocuidado são importantíssimos, mesmo que às vezes seja um processo doloroso. Precisamos ser melhores para nós mesmos e, então, podermos contribuir com o próximo.
A partir dessa "inquietude" pessoal nasceu o espetáculo "Cores Internas", onde Silmara Stedile fala da importância do nosso estado emocional e o quanto ele reverbera através das cores.
A "cor" diz sobre o nosso estado de espírito. São nuances que refletem o emocional do ser humano e esse sentimento, essa nossa cor interna, é o que acabamos colocando pra fora e entregando ao outro.
Poderemos ver através do "movimento" e das "cores" as nossas angústias se transformando em força. O poder do coletivo e da conexão entre as pessoas! Permita-se enxergar toda essa magia e se envolver.
Aproveitando, queremos saber, de que cor é a sua vida? Qual cor você reflete hoje?
By: Karine Pereira Assal | Fábrica da Dança
A não linearidade, o improviso, o caos.
A vida seguiu como uma coreografia: o eu, o nós, sempre conectados. Uma vida colorida, por vezes em preto e branco, os altos e baixos. Fiz "da queda, um passo de dança" uma, duas, várias vezes.
Respirei, inspirei e vivi. Mas uma parte de mim faltava, a dança continuava a pulsar, latente. E num sábado de 2019, Bloom. Floresceu com força e com ânsia esse desejo adormecido.
E enfim, com a alma colorida, depois de um 2019 tão cinza, a procura se tornou um encontro interior e hoje transbordou...
Janaína Seguin
Falta pouco mais de um dia para o Cores Internas… “o coração chega a errar as batidas”!
Oi! Sou a Maria, e dançar com esse grupo é a minha “corda que vibra”.
Deixa eu explicar. Eu convivo com muitos jovens, e sei o quão difícil é sair do nosso mundinho e ir atrás daquilo que nos toca. Somos levados a acreditar que a felicidade nos aguarda em algum lugar, depois de alguma aprovação, quando a vida for estável, quando tivermos certeza de quem somos, de aonde chegamos e do que conquistamos. Assim nascem pessoas frustradas, presas a uma noção de que é preciso se esgotar sendo infeliz para alcançar a felicidade. Se esquecem do agora. Se esquecem de que não…
Que emoção, que frio na barriga, esta chegando o nosso grande dia. É uma mistura de sentimentos como: euforia, medo, alegria, insegurança, realização, nostalgia e muito amor. Depois de 30 anos resolvi que queria voltar a dançar e aqui estou, prestes a subir num palco. No início, quando cheguei no grupo, que foi metade de 2021, fui conhecer a aula, estava procurando algo pra ter o meu tempo, meu espaço, meu momento e nem imaginava que chegaria até aqui, participar desse lindo trabalho, desse espetáculo que envolve tanta dedicação e amor da nossa querida profe Silmara. Quando ela falou do espetáculo pensei, “bora”, o que não te desafia, não te transforma. Que difícil descrever tudo oq estou sentindo… mas posso…
Era uma vez uma menina que dançava dentro quarto. Punha o disco na radiola, música baixinha e a portas trancadas.
De repente o mundo se abria… e ela era livre, com braços e pernas que ultrapassavam os limites da matéria, das paredes! Este era meu palco! Foi por muito tempo.
Era como respeitar o meu ser contraditório: introspectivo e alado! Ah, sim… eu tinha asas!
Essa era a menina que aprendeu a falar, aos poucos, através da dança. Fez da voz a sua carreira, o seu sustento, o seu grande prazer… mas esta voz que mais silenciava, aprendeu a ocupar o seu lugar, passo a passo, através da dança.
Mais de quatro décadas depois essa menina dançante ainda existe. Mas…
2022, um ano que iniciou muito diferente...mas que foi se transformando envolto em uma palavra na mente e no coração: FÉ!
Em janeiro, fiz a minha primeira ecografia do meu tão esperado filho e fiquei super aflita. Um descolamento que teria que me cuidar 100% e repousar. Não pude voltar a dançar, mesmo depois dos primeiros 3 meses de gestação. Tive que esperar mais alguns meses. Fiquei bem triste e apreensiva, com muito medo...e principalmente por não poder fazer o que mais amo, as aulas da Sil, que eu chamo de minha "cura" (mas essa é uma outra história....).
Ecografia a cada uma, duas semanas e a esperança e a minha fé nunca se abalaram que meu nenezinho iria "colar"…